Escrevo este texto inspirado numa palestra que fiz neste final de semana para estudantes. Ao olhar nos olhos de quem está começando sua trajetória, percebi como nossa cultura valoriza o ponto de partida: o primeiro emprego, a primeira ideia, a primeira rodada de investimento. Tudo parece girar em torno dos começos.
Mas, na prática, o que mais molda o futuro não é como começamos, e sim como sabemos encerrar. Encerrar um ciclo profissional, um modelo de negócio que já não se sustenta, uma narrativa que deixou de gerar impacto. O que diferencia líderes, empresas e até países é a capacidade de pôr fim com coragem, clareza e propósito.
A economia contemporânea está repleta de exemplos de organizações que não souberam terminar e se arrastaram até a irrelevância, assim comode indivíduos que, por medo do fim, prolongaram carreiras ou projetos além da conta, desperdiçando energia e criatividade. Em contrapartida, quando uma empresa sabe encerrar um produto no auge, ou quando um profissional tem coragem de redesenhar sua jornada, nasce um espaço fértil para a inovação.
O fim é o maior ato de liderança. Exige consciência de que não há progresso sem fechamento, nem reinvenção sem desapego. Não se trata de desistir. Trata-se de encerrar para poder renascer.
Essa talvez seja a competência mais rara da economia do futuro: administrar finais com a mesma intensidade e entusiasmo com que celebramos os começos.
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